Francesco Carnelutti nasceu em Udine, em 1879, ensinou na Universidad Bocconi de Milão (1909-1912), na Universidade da Catânia (1912-1915), na Universidade de Pádua (1915-1935), na Estatal de Milão (1936-1946) e na Universidade de Roma (1947-1949). Em 1924, juntamente com Giuseppe Chiovenda, fundou e dirigiu a Rivista di Diritto Processuale Civile (Revista de Direito Processual Civil). Principal inspirador do Código de Processo Civil italiano de 1940, mestre do direito substantivo civil e penal, foi também advogado famoso e grande jurista. Foi com Giuseppe Capograssi um dos fundadores da União de Juristas Católicos Italianos. De sentimentos monárquicos, foi no pós-guerra figura de destaque da União Monárquica Italiana.
Os seus estudos abrangeram variadas áreas do saber jurídico. Em 1975, foi fundada em Udine a Fundação Forense Francesco Carnelutti, constituída pelos Conselhos das Ordens de Udine, Trieste, Gorizia e Tolmezzo, com o objetivo de apoiar o crescimento da cultura forense e judicial e de fornecer aos advogados um serviço de atualização nas várias áreas forenses e da atividade jurídica.
Foi também criador da teoria da lide como centro do sistema processual, proposta metodológica que deixa em plano secundário o estudo da ação e das suas condições, que ocupam a posição central nos institutos processuais descritos pelos estudiosos de seu tempo. Carnelutti chegou a renunciar o conceito de interesse de agir como condição da ação.
A OBRA
A presente obra é fruto de uma vida toda de estudos e pesquisas elaboradas por Fran-cesco Carnelutti. No início, ainda na prefa¬ção, o jurista italiano assevera que assumiu tão importante missão – a de escrever uma obra sobre como se faz um processo – por¬que achava que os acadêmicos e profissionais do Direito, bem como os leigos, deveriam conhecer as facetas mais puras do proces¬so. Neste ponto ele comenta: “velho e can¬sado como estou, não haveria assumido o compromisso” [se não fosse por tão impor¬tante situação]. Vale ressaltar que Carnelutti já estava muito debilitado devido à avançada idade e alguns problemas patológicos. Dian¬te desse seu desabafo, recordo-me da gran¬de “Águia de Haia”, convidada a paraninfar a turma de 1920 da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, instituição quase bi¬centenária e pioneira dos ensinos jurídicos, Ruy Barbosa, infelizmente por motivos de sérias patogenias, não pôde se fazer presente.
A obra “Como se faz um processo” preci¬sa ser lida e estudada por ser verdadeira carta náutica dos iniciantes e dos veteranos maru¬jos que navegam em águas processuais, além de ser imenso farol que ilumina as mentes duvidosas de viajantes que no escuro buscam as respostas para seus direitos. Entretanto, cabe-me chamar a atenção de que algumas das lições são versadas
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