O BOTA-ABAIXO

R$ 54,00
editora

Resenha

O romance “O Bota-Abaixo – Crônica de 1904”, do paraibano José Vieira (1880-1948), publicado em 1934 pela editora Selma, será o menos lido dos romances clássicos brasileiros.

O livro será uma verdadeira história do fim da Monarquia e começo convulsionado da República. No meio de Barões e Viscondes e ávidos capitalistas dispostos a tudo para ganhar dinheiro, traça um panorama amplo da vida carioca que engendrou o “bota-abaixo” (demolição em massa de prédios antigos do centro da cidade) e a revolta da vacina, último motim urbano do Rio, com suas graves consequências sociais. Trata-se de um romance urbano de tese e, ao mesmo tempo, de um documento literário da mais alta importância sobre a “negociata das demolições”.

Na trama, destaca-se o advogado Luiz Carlos Balsemão decidido a enriquecer por todos os meios, enquanto o Visconde do Serro Verde – seu sogro – retira-se para a Europa, não sem antes despedir-se da cidade, em cena significativa porque logo chegariam as picaretas da Prefeitura para cumprir sua função destruidora. Começava o “hino jubiloso das picaretas” (Bilac), desconsiderando que os casarões eram moradias para as pessoas pobres e que ficariam sem ter onde morar, indo, então, ocupar os morros – único espaço que lhes sobrou na geografia da cidade. Os fatos se concentram, especificamente, em novembro de 1904, em dias de “barricadas e incêndios, de sangueira e morticínio na capital”. (Da Nota Introdutória)

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Crônica de 1904

 

1ª edição 2019

José Vieira

 

ISBN 978-85-8183-117-6

Brochura

188 páginas

Formato: 14×21 cm.

Editora Pillares

 

José Vieira nasceu em Mamanguape, na Paraíba, em 1880, e morreu no Rio em 1948. Na Enciclopédia de literatura brasileira (ed. de 2001) de Afrânio Coutinho e J. Galante de Souza, aparece uma biografia minúscula: “Estudou em Fortaleza, CE, onde também trabalhou no comércio. Mais tarde vai para Belém, PA, trabalhando na imprensa e em funções públicas.

Mais tarde no Rio de Janeiro (RJ) continuou a colaborar na imprensa. Escreveu crônicas, memórias e romances”. Segue uma lista de nove títulos, a maioria literatura de ficção. Em outra obra de referência dirigida por Coutinho (A literatura no Brasil, vol. 4) o livro Vida e aventura de Pedro Malazarte, romance publicado pela prestigiosa José Olympio em 1944, é qualificado de “admirável” por Andrade Murici. É mesmo um livro originalíssimo, tendo algo (ou muito) de Macunaíma. Dias antes de sua morte, a mesma José Olympio publicava o último de seus romances, Um reformador na cidade do vício, de 1948. Amigo de Lima Barreto – sobre quem, em 1943, publicou o artigo “O Lima Barreto que eu conheci”3 –, sua carreira literária começara em 1913 com A Cadeia Velha (Memória da Câmara dos Deputados), que foi elogiado até por José Veríssimo, sendo um sucesso nas livrarias. Este livro de crônicas políticas foi reeditado em 1980 pelo Senado Federal/Fundação Casa de Rui Barbosa, com prefácio de Francisco de Assis Barbosa.

Peso 300 kg
Dimensões 21 × 14 × 1 cm

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